O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) foi um dos 55 votos pela abertura do processo de impeachment contra a presidente da República afastada, Dilma Rousseff. Ele e seu colega de Brasília, Reguffe (Sem partido). Os dois são aliados e costumam votar de maneira parecida.
Ambos têm dito que só votaram pela admissibilidade do processo. Mas que na votação final, quando da confirmação do impeachment, podem decidir pelo retorno de Dilma, se não se convencerem de que a presidente realmente cometeu um crime digno de cassação.
O caso é que, na votação final do Senado, serão necessários 54 votos para cassar definitivamente Dilma Rousseff. Caso contrário, o presidente em exercício, Michel Temer, é quem deixará o Palácio do Planalto. Sem Cristovam e Reguffe, os aliados de Temer só têm assegurados, hoje, 53 votos.
Os Divergentes perguntou ao senador se terá influência sobre seu voto a gravação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com o senador Romero Jucá, que resultou nesta semana no afastamento deste último do comando do Ministério do Planejamento.
Cristovam respondeu que não, mas que até o momento não está convencido de que Dilma deva ser cassada. Ele revelou, no entanto, que outros senadores que votaram pela abertura de processo, cujo nome não quer revelar, também lhe contaram que podem voltar atrás:
“Nesses casos, vai depender do conjunto da obra. E a saída de Romero Jucá abala o governo Temer. O desarranjo pode pesar para diversos senadores”, diz Cristovam.
Assista aos argumentos de Cristovam e decida se você concorda com ele. E para onde você acha que o senador está pendendo: