A política tem várias teorias que muita gente chama de “máximas”. E uma dessas máximas é: no Brasil ninguém vota em vice. É, pode ser. A história, porém, demonstra que os vice-presidentes podem até não eleger o titular, mas em oito ocasiões o substituíram em definitivo. Agora mesmo o país tem Michel Temer na principal cadeira do Palácio do Planalto no lugar da ex Dilma Rousseff, que sofreu impeachment em 2016.
Nessa eleição de 2018 os treze candidatos a presidente escolheram a dedo ou por conveniências políticas os seus vices. Pela primeira vez, aliás, uma mulher poderá ocupar este cargo porque há cinco candidatas inscritas. O general Floriano Peixoto, que foi vice do marechal Deodoro da Fonseca, inaugurou a tradição de substituir o titular. Depois sucederam-se Nilo Peçanha, Delfim Moreira, Café Filho, João Goulart, José Sarney e Itamar Franco.
Segundo a Constituição a função do vice é assumir as funções do presidente nos casos de viagens dele ao exterior, renúncia, morte ou sua destituição por impedimento legal. É considerado o segundo cargo mais importante da Nação. Enquanto o presidente despacha no Planalto e reside no Alvorada, o vice tem gabinete no anexo do Palácio e mora no Jaburu. O vice é, portanto, o segundo nome da linha sucessória da presidência da República, seguido pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Senado Federal e Supremo.
Cinco mulheres são nessa eleição candidatas nas treze chapas concorrentes ao posto supremo do país. São elas, Kátia Abreu, de Ciro Gomes; Manuela DÁvila, de Fernando Haddad; Ana Amélia Lemos, de Geraldo Alckmin; Sônia Guajajara, de Guilherme Boulos, e Suelene Bauduino, do Cabo Daciolo. Completam a lista, o general Hamilton Mourão, de Jair Bolsonaro; Eduardo Jorge, de Marina Silva; Paulo Rabello de Castro, de Álvaro Dias; Christian Lohbauer, de João Amoêdo; Germano Rigotto, de Henrique Meirelles; Léo Alves, de João Goulart Filho; Hertz Dias, de Vera Lúcia, e Helvio Costa, de José Maria Eymael.