Quando o Doutor Lúcio Costa pôs-se a pensar no conceito urbanístico para a Nova Capital, a convite do então presidente Juscelino Kubitschek , nos idos de 1956, decidiu-se por um projeto que contemplasse o bem-estar dos futuros moradores. Por isso, Brasília – e aí estão incluídos o Plano Piloto e as Cidades-Satélite do Distrito Federal – ostenta o título de cidade mais arborizada do país.
Segundo o plano de Lúcio Costa, as Super-Quadras deveriam propiciar aos residentes a comodidade de encontrar na vizinhança tudo que precisassem para resolver suas demandas do dia-a-dia. Não é à toa que em cada duas SQs há conjunto comercial, onde se estabelecem lojas de todos os tipos de atividade: farmácias, panificadoras, papelarias, restaurantes, açougues, supermercados, além de escolas, áreas de lazer etc. Mas, sobretudo, deu prioridade aos espaços com árvores frutíferas.
Lúcio Costa acertou em cheio em seu conceito. Hoje, a ideia ampliou-se. Principalmente nos fins-de-semana, vê-se a grande quantidade de feirinhas temporárias que se instalam nas áreas verdes, à sombra das árvores. Ali, pertinho de casa, aliás, dos apartamentos, o morador pode comprar nas barraquinhas da agricultura familiar verduras, legumes e frutas de origem orgânica, biscoitos caseiros, temperos, doces artesanais, ovos caipiras etc. E até aparelhos para que as crianças se divirtam enquanto os pais fazem suas compras.
Na moderna capital do Brasil, você encontra a atmosfera das cidades do interior. Deixa de ser somente uma urbi oficial, repleta de formalidade, para ganhar o agradável clima de freguesia e simplicidade.