Jair Bolsonaro deve ficar internado na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora pelo menos até a tarde dessa sexta-feira. Ele foi submetido, com anestesia geral, a uma cirurgia considerada de grande porte pelos médicos e que durou duas horas. O candidato a Presidente sofreu três ferimentos nos intestinos delgado e grosso.
Na noite de ontem, Bolsonaro já estava consciente e com estado de saúde considerado estável, mas ainda internado no Centro de Terapia Intensiva. A família e os médicos aguardam a evolução do quadro pós-operatório para decidir quando e para qual hospital ele deverá ser transferido. Se para o Sírio Libanês ou Einstein, em São Paulo. Segundo informações, o próprio candidato disse preferir ser levado para um hospital militar.
O candidato a presidente da República pelo PSL foi atingido por uma facada quando fazia caminhada numa rua do centro de Juiz de Fora, em Minas Gerais. O agressor, Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, foi preso imediatamente após cometer o atentado pelos policiais federais que fazem a segurança de Bolsonaro.
Preso, interrogado e apresentando descontrole mental, Adélio de Oliveira – que já foi filiado ao PSOL – disse que cometeu o ato “a mando de Deus”. Os médicos dizem que Bolsonaro deverá aguardar recuperação em absoluto repouso, pelo menos por dez dias, o que descarta sua participação em comícios, carretas e, enfim, os esforços que o corpo-a-corpo a que uma campanha impõe.
Todos os demais candidatos ao Palácio Planalto emitiram nota de repúdio ao atentado a Jair Bolsonaro e reduziram o ritmo de suas campanhas. Também os presidentes da República, Supremo Tribunal Federal, Senado e Câmara dos Deputados, Michel Temer, Carmen Lúcia, Eunício Oliveira e Rodrigo Maia condenaram o atentado.