No próximo dia 7 de outubro, 147.302.357 brasileiros e brasileiras – segundo o Tribunal Superior Eleitoral – irão às urnas para escolher o novo presidente da República, deputados da Câmara Federal e regionais, dois senadores por estado e o governador de cada uma das 27 unidades da Federação, além do Distrito Federal.
O maior colégio eleitoral é o estado de São Paulo, com 33.040.411 eleitores. A capital paulista é a cidade que detém também o maior número votantes: 9.052.724. Minas Gerais vem em segundo lugar, com quase 18 milhões de pessoas cadastradas para irem às urnas. O Rio de Janeiro é o terceiro.
Além dos demais grandes centros populacionais, esses lugares já estão e irão continuar na mídia durante todo o período eleitoral. Afinal, o grande número de eleitores deles é que irá decidir quem será eleito. Porém, uma pequenina cidade de Minas será alvo de muitas a atenções, vai bombar no noticiário das vésperas da eleição. Trata-se, na verdade, do menor dos 5570 municípios brasileiros.
Falamos de Serra da Saudade, o município com o menor número de eleitores. No pleito passado era a pacata Borá, em São Paulo. Agora, em 2018, a aprazível Serra da Saudade, perto de Dores do Indaía, no Centro-Oeste de Minas, ficou com, digamos, esse título. São somente 941 eleitores. Número menor que o de habitantes. Estima-se em apenas 812, caso não haja nascimentos fora das taxas habituais ou aumento imprevisto do fluxo migratório não contabilizado pelo IBGE.
A explicação para que a cidade tenha número maior de eleitores ao de habitantes se deve ao fato de muitas pessoas terem lá o seu domicílio eleitoral mas residirem noutras localidades. Serra da Saudade é conhecida como “cantinho do céu” e rainha do sossego. E há razões para isto. Primeiramente pela tranquilidade reinante nas poucas ruas e a hospitalidade de seus habitantes. A maioria das residências não tem muros e, raramente, vê-se casas com janelas fechadas.
Serra da Saudade, que foi emancipada em 1963 é rodeada por montanhas, um dos atrativos para os turistas. Os principais pontos procurados pelos visitantes são a Igreja de Nossa Senhora do Carmo e as antigas estações ferroviárias Melo Viana e Barra do Funchal, já desativas, mas que fazem parte da história da cidade. O município fica na beira do Rio Indaíá, um dos afluentes do São Francisco.