Sem coligações, tempo de TV e a bordo de um recém-criado partido nanico, João Amoedo (Novo) foi a grande surpresa da pesquisa FSB/BTG Pactual. O candidato apareceu com 3% dos votos na pesquisa espontânea e 4% nos cenários estimulados, aparecendo à frente de Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) entre os eleitores mais escolarizados e com renda superior a 5 salários-mínimos. O crescimento nas pesquisas reflete a adesão que o candidato do Novo vem recebendo nas redes sociais, sendo o candidato que mais ganhou seguidores desde março, aumentando em mais de 1 milhão de curtidas sua página no Facebook. Tal desempenho tem resultado em ataques de apoiadores de outros candidatos.
Militantes ligados a Jair Bolsonaro (PSL) difundem teorias da conspiração tentando ligar Amoedo a um plano da esquerda mundial para retomar o poder no Brasil. Coisa de lunático. Já os petistas, munidos de dados sobre doações de diretores do Itaú ao partido Novo, tentam colocar-lhe a pecha de “partido dos banqueiros”. Engraçado. Em 2014, a então candidata Dilma Rousseff recebeu R$ 12 milhões em doações de bancos privados, sendo R$ 4 milhões vindos do Itaú-Unibanco, além de receber outros R$ 8 milhões de empresas da Holding Bradesco Seguros. Logo após as eleições, Dilma nomeou Joaquim Levy, executivo do Bradesco, para ministro da Fazenda. Seria um ataque de amnésia ou hipocrisia dos petistas?
*Victor Oliveira, mestrando em Instituições, Organizações e Trabalho (DEP-UFSCar). E-mail: ep.victor.oliveira@gmail.com