Mesmo com o esforço do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de conter gastos, as despesas obrigatórias, que são as maiores do Orçamento Geral da União, crescem acima das previsões para o ano de 2016.
Um relatório divulgado ontem pelo Ministério do Planejamento de avaliação financeira bimestral de receitas e despesas, e que foi submetido ao Congresso Nacional, indica que a folha de pessoal da União deste ano deve ficar em R$ 258,8 bilhões, um aumento de mais de R$ 3,4 bilhões do que estava previsto no início do ano.
Os benefícios previdenciários foram revisados para R$ 503,2 bilhões, uma elevação de cerca de R$ 6,8 bilhões a mais do que era esperado.
Os benefícios de prestação continuada foram estimado em R$ 49,1 bilhões, aumento de R$ 2,7 bilhões. Como são despesas obrigatórias, não sujeitas a contingenciamento, o corte deste gastos só pode ser feito mudando a atual legislação no Congresso Nacional. É o que pretende fazer a equipe econômica nos próximos dias. Mesmo com a mudança da lei, a redução destes gastos só poderá ocorrer no orçamento de 2017.