Por aclamação, Ciro Gomes teve sua candidatura confirmada pelo Partido Trabalhista Brasileiro para concorrer ao Palácio do Planalto. O evento do PTB em Brasília, na verdade, abre a sequência de convenções das legendas que têm candidatos à Presidência da República na eleição de outubro.
Em seu discurso de quase uma hora, Ciro lembrou a luta trabalhista de Leonel Brizola e prometeu programas eficientes para a educação e criação de empregos. Não deixou de citar o Lula, de quem foi ministro da Integração Nacional no primeiro governo do ex-presidente hoje preso em Curitiba, destacando os programas de inclusão social, a exemplo do Bolsa Família.
Não revelou quem será seu companheiro de chapa como vice nem referiu-se à adesão do conjunto de uma dúzia de pequenos partidos — o “blocão” — à candidatura de Geraldo Alckmin, do PSDB. Cid Gomes — irmão de Ciro e coordenador da campanha presidencial do PDT, ex-governador do Ceará e candidato novamente ao governo cearense — diz que agora o importante é conquistar o apoio do PSB e outras legendas que tenham viés progressistas.
Ao lado do presidente do partido Carlos Lupi e da mulher Giselle Bezerra, referiu-se também a ser chamado de intempestivo. Disse que sua ferramenta de trabalho é a palavra. E que a usa durante as 24 horas do dia. Portanto, é natural que em uma ou outra ocasião, profira algo que pode ser considerado indevido.