O Palácio do Planalto ainda não decidiu como o presidente da República, Michel Temer, vai informar o tamanho do rombo das contas públicas de 2016. Poderá ser uma entrevista coletiva ou um pronunciamento à nação em cadeia de rádio e TV.
A Secretaria de Orçamento e Finanças (SOF) do Ministério do Planejamento ainda não concluiu os cálculos, mas já sabe que o déficit primário deverá ficar em torno de R$ 160 bilhões, bem acima dos R$ 96,4 bilhões do decreto do ex-ministro Nelson Barbosa enviado ao Congresso em abril.
A equipe de Michel Temer constatou que esta diferença deve-se ao pagamento de restos a pagar de despesas empenhadas em 2015 de forma generalizada em todos os ministérios. A revisão das receitas da União devido à queda de arrecadação de tributos ocorrida nos últimos meses do ano também estão tendo impacto negativo sobre a meta fiscal.
A votação da mudança da meta de déficit primário das contas públicas até dia 30 de maio poderá evitar um novo contingenciamento de gastos públicos, uma vez que estará alinhada com o fluxo de receitas e despesas do Tesouro Nacional.