Um acordo entre o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e o ex-prefeito Cesar Maia (DEM) viabilizou a compensação ao deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) pelo fato de ter sido preferido na nomeação para líder do governo na Câmara.
Rodrigo Maia já havia aceitado o convite, mas um indicado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o deputado André Moura (PSC-SE), acabou ficando com a vaga.
Com isso, o Planalto deu ao deputado do DEM e a seu pai o direito de indicarem o novo secretário de Cultura, desde que em comum acordo com o prefeito peemedebista Eduardo Paes.
Os Maia e Eduardo Paes se acertaram, então, em torno do nome de Marcelo Calero, ex-secretário municipal de Cultura. Calero deverá ficar no cargo enquanto a área de Cultura mantiver o status de Secretaria. Quando se transformar em Ministério, aí poderá ser escolhido um novo nome.
O presidente do Senado propôs a Temer a transformação da Secretaria em Ministério quando for votada no Congresso a medida provisória de estruturação do primeiro escalão do governo provisório.
A vaga de secretário estava até o início da manhã prometida ao cineasta João Batista de Andrade, atual diretor do Memorial da América Latina, de São Paulo.
Na terça-feira, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) chegou a levar ao presidente do PPS, Roberto Freire (SP), a confirmação de que João Batista seria nomeado. Mas o imbroglio em torno da liderança na Câmara acabou levando Temer a voltar atrás.