Flávio Rocha talvez seja o candidato que tenha agenda mais intensa e carregada de viagens para várias cidades do Brasil em busca de expandir seu espaço, de popularizar seu nome. Empresário de sucesso, dono da cadeia de lojas Riachuelo, sempre afirma em seus compromissos de campanha: deixou sua zona de conforto para entrar na disputa à Presidência com o sentido de oferecer ao País sua experiência como administrador e conhecedor das questões nacionais.
A quatro semanas da eleição presidencial, Flávio Rocha intensifica ainda mais sua movimentação. Pela manhã, por exemplo, participa de encontro com estudantes em Santa Catarina. À tarde, voa para Brasília, como há dias, quando foi um dos onze candidatos convidados para a sabatina no jornal Correio Braziliense. Aproveitou para circular pelo Congresso. Conversou com vários parlamentares e não deixou de ir cumprimentar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também candidato, pelo Democratas, ao Planalto. À noite, se destina a São Paulo ou a outro estado, do Norte ou Nordeste.
No debate com jornalistas, Flávio Rocha falou do cotejo hipotético das desigualdades entre as “donas Marias e senhores Josés” e os poderosos que os veem de cima para baixo, a bordo de carruagens. Sobre a recente greve dos caminhoneiros que paralisou o País com o bloqueio das rodovias, fez uma analogia: o Brasil não pode ser como um Titanic que foi colhido por um iceberg em forma de crise que enseja a ideia de golpe militar.
Desde que decidiu concorrer à principal cadeira do Palácio do Planalto, todos os dias, Flávio Rocha comparece a um compromisso de campanha. Porém, mesmo voando para cumprir agenda nos estados, o grande esforço não se traduz na sua pontuação nas pesquisas de todos os institutos. Nas aferições de intenção de votos para a Presidência, Flávio figura no pé da lista.
O discurso e o plano de governo do jovial sessentão Flávio Rocha são considerados modernos e atraentes pela maioria dos demais postulantes à Presidência. Muita gente especula que ele, concorrente ao Planalto pelo PRB-Partido Republicado Brasileiro, aceitará — mais adiante, quando as chances de cada um forem mais claras — ser vice na chapa de outro candidato.