Como se sabe, o presidente Michel Temer desautorizou, hoje pela manhã, seu ministro da Justiça, Alexandre Moraes.
Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, Temer irá manter a tradição instaurada pelos governos do PT de nomear como procurador-geral da República o primeiro da lista tríplice elaborada em eleição no Ministério Público Federal. O ministro havia declarado à “Folha de S.Paulo” que iria sugerir a Temer romper com esta regra.
A propósito, neste primeiro final de semana do governo Temer, os seus ministros não tiveram um bom desempenho nas declarações à imprensa. Além do caso de Alexandre de Moraes, outros também saíram falando bobagem. Veja:
- Ricardo Barros, da Saúde, foi comentar a pílula do câncer e saiu dizendo que, na verdade, “a fé remove montanhas”;
- Osmar Terra (Desenvolvimento Social) disse que o Bolsa Família não pode ser “objetivo de vida” e pôs em dúvida a necessidade de o programa beneficiar 50 milhões de pessoas;
- Henrique Meirelles (Fazenda) foi ao programa “Fantástico”, da TV Globo, insinuar que pode haver necessidade de um novo imposto provisório, o que faz prever a volta da CPMF.
- .Eliseu Padilha (Casa Civil) admitiu a necessidade de mudar a idade mínima para a aposentadoria, o que irritou as centrais sindicais que apoiam Temer.
Cinco pisadas na bola de cinco importantes ministros em tão poucos dias de governo… Sem contar o advogado Antônio Claudio Mariz, que criticou a Operação Lava Jato, e foi desconvidado para ser ministro da Justiça.
Isso num ministério que já vem sendo criticado por por ter acabado com a pasta da Cultura. E também por não ter negros e mulheres na sua composição, mas estar super-representado por filhos de velhas oligarquias políticas do país, como os Sarney, do Maranhão, os Barbalho, do Pará, os Coelho e os Mendonça, de Pernambuco.
É cedo, mas parece que já está na hora de o presidente dar uma ordem unida na sua equipe.