Era domingo e eu estava dirigindo pelas ruas tranquilas da cidade. Para ficar de acordo com as leis do trânsito, parei o automóvel para fazer uma ligação telefônica usando meu bravo celular. Foi quando me deparei com uma realidade desagradável do mundo moderno: a bateria do aparelho descarregada.
– Preciso de um carregador para esse telefone. Você tem aí?, indaguei a esse moço da foto.
-Sim senhor. Você quer original, importado, genérico ou autêntico?, retrucou o vendedor.
Caramba, pensei… IMPORTADO, ORIGINAL, GENÉRICO ou AUTÊNTICO??? Quanta opção!!! Que sensacional.
No afã de restabelecer a carga do meu telefone móvel e na dúvida de qual dos quatro tipos resolveria com acerto minha questão, não hesitei. Comprei duas das quatro opções. Afinal, era baratinho. Vinte reais pela dupla de peças. Levei o “importado” e o “original”. Desprezei o o “genérico” e “autêntico” porque os achei com jeitão duvidoso, suspeitos. Tomei como guia uma lembrança do lendário Doutor Ulysses Guimarães, frasista incomparável: – Meu caro, nem tudo na vida precisa ser inteiramente perfeito.
Retornei radiante ao carro com a certeza de que havia resolvido o problema da bateria do meu bravo celular descarregada.
Evidentemente, não deu certo. Decepção. Nenhum dos dois carregadores funcionou. Nem o “original”, nem o “importado”. Até agora estou pensando se deveria ter escolhido o “genérico” ou “autêntico”.
Cada uma…