Com posse de Temer, Congresso festeja a tomada do poder

Hélder Barbalho, ao lado de Michel Temer e Eliseu Padilha, toma posse no ministério do novo governo. Foto Orlando Brito

Não vamos falar em golpe. Mas o que se viu na posse do novo presidente da República, Michel Temer, foi uma cerimônia de festejo da tomada de poder pelo Congresso.

Não só porque é primeira vez, desde Nereu Ramos, que um ex-presidente da Câmara assume a Presidência da República. A curta “República de Nereu” durou de 11 de novembro de 1955 a 31 de janeiro de 1956, menos de três meses, seguidos da posse de Juscelino Kubitschek.

Na festa de Temer (aliás, presidente licenciado do maior partido do país, o PMDB) o Palácio do Planalto foi lotado sobretudo por políticos e seus aparentados.

Entre os 23 ministros que tomavam posse, 13 eram parlamentares – dez deputados e três senadores. Alguns,  indicados por políticos, como Helder Barbalho (Integração), filho do senador Jader Barbalho; outros, ex-parlamentares, como o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (Turismo) e os ex-deputados Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo).

Será que já estamos no parlamentarismo?

 

 

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