Com certeza, o encontro entre o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, na sexta-feira passada, foi o acontecimento de maior relevância dos últimos tempos no cenário internacional. Ficará marcado na história como mais uma tentativa de paz entre as duas nações, separadas pela guerra há 65 anos.
O local escolhido para o meeting foi a pequena vila de Panmunjom, na zona desmilitarizada na fronteira que separa as Coreias do Sul e do Norte. Foi organizado, programado e idealizado nos seus mínimos detalhes. Diplomatas das duas nações percorreram, ensaiaram e acertaram e escolheram ocais, o que os dois líderes iriam dizer em seus discursos e em que lugares.
Porém, o tema projetado e previamente cuidado foi a apresentação visual do histórico encontro. Desde o cenário até o formato das cerimônias. Consideraram de suma importância as imagens, de como chegariam aos olhos do mundo as fotos e vídeos de Kim e Moon. A intenção foi concentrar e direcionar o foco somente para ambos, e em momentos de sorrisos e fraternidade.
As atenções do encontro ficaram tão somente concentradas nos líderes dos dois países. Nem mesmo as fotos divulgadas têm autoria nominada. O crédito foi atribuído ao Korea Press Summit Pool, e distribuídas para o mundo por agências internacionais. Ninguém mais “apareceu”, nem ministros ou assessores dos dois presidentes, mesmo os autores das imagens. Por esse aspecto, o objetivo foi atingido porque resultou nas chamadas “fotos limpas”, como os fotógrafos costumamos denominar.
As únicas exceções ficaram para as duas primeiras-damas. Ri Sol Ju Jong, mulher de Kim Jong-Un, aparece em poucas ocasiões da programação, vestindo discreto tailleur de cor pêssego. Brindou com taça de champagne ao lado do marido e do casal anfitrião Sook/Moon Jae-In. Aliás, é praticamente a primeira vez que se vê a jovem senhora Kim.
Encontro recebeu manifestação de organismos, governos e chefes de estado de diversos países interessados na paz. ONU, Otan, União e Parlamento europeus, da Itália, China, Japão, Rússia, França e outras nações, inclusive o Brasil. Vários líderes mundiais, como o presidente dos Estados, Donald Trump, celebraram os sinais de que Kim Jon-Um cessará os testes com armas nucleares que ameaçam o planeta com nova guerra.