— M de Michel, M de Meirelles, M de MDB…
Era a letra do jingle que animava em ritmo de festa a chegada do ministro Henrique Meirelles, da Fazenda, na cerimônia de sua filiação ao MDB, uma casa no Lago Sul, em Brasília. Ao lado do presidente Temer, ele assinou a ficha de adesão à legenda, aplaudido pelo senador Romero Jucá e outros nomes importantes da legenda, entre eles o governador do Rio, Luís Fernando Pezão.
Em seu discurso, Henrique Meirelles não fez nenhuma alusão direta às eleições de 2018. Preferiu destacar o campo da economia: –É preciso perseverar, insistir nas medidas e na direção certa para o país. Tenho muito orgulho de me filiar ao partido que fez o que era correto para o Brasil. Na entrevista aos jornalistas, disse que a definição do candidato a presidente vai ocorrer definitivamente na convenção, no mês de agosto, e hoje foi somente a assinatura de sua ficha de filiação.
Às vésperas de passar o comando da Fazenda para o economista Eduardo Guardia, Meirelles dá um passo importante para seu futuro na política. Pretende concorrer nas eleições de outubro a vice presidente de Michel Temer, ou mesmo encabeçar ele mesmo a candidatura ao Palácio do Planalto.
Henrique Meirelles é um dos 12 ministros do governo que deixam seus cargos para candidatarem-se a um cargo eletivo, para a Câmara dos Deputados, ao Senado ou aos governos estaduais. Até sexta-feira próxima, o presidente Michel Temer dará posse aos novos nomes que ocuparão as pastas ministeriais.
Notícia surpreendente: o líder da bancada do MDB no Senado, Raimundo Lyra, da Paraíba, renunciou ao posto e anunciou que trocará de partido.