O noticiário dessa terça-feira com certeza irá girar em torno da quebra do sigilo bancário de Michel Temer determinada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal,. O presidente é alvo de um inquérito que investiga indícios de pagamento de propina na edição de um decreto que teria beneficiado empresas do setor de portos.
A quebra de sigilo de um presidente da República por determinação judicial em pleno mandato é inédito no Brasil. E nesse caso, trazido a público pelo site da Revista Veja, as acusações são decorrentes dos depoimentos à Justiça do empresário Joesley Batista e do diretor do Grupo J&F, Ricardo Saud. O período de abrangência para a verificação da movimentação das contas do presidente Temer é de 1º de janeiro de 2013 a 30 de junho de 2017.
Com a notícia, os ministros Moreira Franco, Eliseu Padilha e Carlos Marun fizeram reunião com Michel Temer no Palácio Planalto para tratar do assunto. Logo após, Marun falou em nome do governo e criticou a decisão do Luís Roberto Barroso:
– Não há como não se indignar diante do fato de que um inquérito completamente fraco, onde inexistem sequer indícios de qualquer ilícito resulte numa decisão dessas que, em se, digamos sendo tomada em relação ao presidente da República revela uma falta de cautela que nos estranha nesse momento.
Já Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, divulgou nota informando que o presidente Michel Temer solicitará ao Banco Central os extratos de suas contas bancárias referentes ao período mencionado hoje no despacho do iminente ministro Luís Roberto Barroso. E dará à imprensa total acesso a esses documentos.