A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão de documentos à caça de provas que confirmem as suspeitas de crimes de corrupção cometidos pelo ex-governador da Bahia e ministro do governo Dilma, Jacques Wagner. Ele é acusado de ter recebido propinas que somam 82 milhões de reais das empresas consorciadas — entre elas a OAS e Odebrecht — para as obras do Estádio da Fonte Nova, em Salvador.
Os policiais federais chegaram ao apartamento – localizado numa área de luxo da capital baiana, o Corredor da Vitória – de Jacques Wagner na manhã dessa segunda-feira, e ficaram por aproximadamente duas horas. Levaram para análises e averiguações vários documentos, CD-Romms, pen drives e, também, quinze relógios de grife.
Também é investigado nessa operação, denominada Cartão Vermelho, o Secretário da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster. E ainda, o ex-secretário do Desenvolvimento Econômico do governo Wagner, e Carlos Daltro, amigo do ex-governador. Segundo avaliação da Federal, o superfaturamento das obras da Fonte Nova pode atingir a cifra de 450 milhões de reais.
Há suspeitas de que parcela desse dinheiro tenha sido destinado para custear candidatos eleitorais do Partido dos Trabalhadores. A presidente do PT, Gleisi Hofmann, disse, em nota, que a ação da Polícia Federal na casa de Jacques Wagner é mais um episódio da campanha de perseguição contra o PT.