Não é somente na área da política e da justiça que a temperatura está alta e o tempo está fechado e difuso na Capital do Brasil.
A região Centro-Oeste — especialmente os estados de Tocantins, Goiás e o Distrito Federal — contabiliza na última semana mais de vinte mil focos de incêndios florestais. O mesmo acontece em vários municípios de Minas Gerais e Bahia, onde o cerrado compõe boa parte da vegetação, os incêndios têm ocorrido.
É um fenômeno próprio dessa época do ano, quando a secura e as altas temperaturas tornam propícias as queimadas, agravadas com a escassez de chuvas. Em Brasília, por exemplo, não chove há quase 120 dias. Sem falar na umidade relativa do ar que varia entre 65 a 20 por cento durante o dia.
O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil são a todo momento chamados para apagar focos de fogo, atender a moradias nas proximidades das queimadas e até mesmo socorrer animais ilhados e perdidos em meio à fumaça.
É grande o esmero das autoridades nos pedidos à atenção da população para evitar incêndios acidentais, por exemplo, jogar pontas de cigarro ao transitar pelas estradas. Além de ficar atenta aos incêndios propositais, criminosos, e da combustão natural da vegetação.
O INMET-Instituto Nacional de Meteorologia prevê que nos próximos dias caia chuva fina sobre o Centro-Oeste. As temperaturas elevadas e a baixa umidade do ar juntam-se para afetar a saúde e o bem estar das pessoas. Os hospitais duplicam o atendimento, principalmente de crianças.
Há sempre em algum ponto do horizonte rastros de fumaça das queimadas. Atmosfera pesada, ar denso e névoa seca. Existe a lenda de que a chuva sempre chega logo depois que as quaresmeiras, os bouganvilles e os ipês que enfeitam as ruas com folhas coloridas. Primeiro, as amarelas, depois as roxas e vermelhas e por ultimo as brancas.
Tudo isto já aconteceu, e nada de chuva. Mas as cigarras ainda não começaram a cantar.