Amazonino Mendes, do PDT, derrotou o emedebista Eduardo Braga no segundo turno da eleição suplementar para o governo do Amazonas e comandará o estado pela quarta vez. Mendes obteve 59,2 por cento do total de votos válidos, 1.730.540.
O número de abstenções, votos nulos e em branco foi maior que o dos dois concorrentes. A posse de Amazonino Mendes será no dia 2 de setembro.
A eleição desse domingo teve a finalidade de preencher o cargo de governador porque José Melo, do Pros, e seu vice Henrique Almeida, do Solidariedade, tiveram seus mandatos cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral, acusados de comprar de votos na eleição de que venceram, em 2014. Em seu lugar, assumiu o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, David Almeida, do PSD.
No primeiro turno realizado em 6 de agosto, Amazonino obteve 38,77% e Braga, 25,36%. A disputa entre os dois candidatos foi bem acirrada, com troca de acusações entre Braga e Amazonino na mídia e entre os militantes das duas chapas. Na sexta-feira, houve debate na tevê, porém Amazonino Mendes não compareceu. Eduardo Braga então usou seu tempo para abordar não somente os aspectos positivos de seu programa quanto os pontos negativos de seu opositor.
Nascido em Eirunepé, Amazonino Mendes, hoje com 77 anos, elegeu-se prefeito de Manaus em 1983. Não completou se mandato na prefeitura porque se candidatou ao governo do estado, em 1987. Foi eleito. Em 1990, venceu a eleição para o Senado. Mas logo em seguida, trocou a política federal para voltar suas atividades para sua região. Voltou a ser governador. Em 2006 concorreu novamente mas foi derrotado por Eduardo Braga.
Já Eduardo Braga, nascido em Belém do Pará e atualmente com 54 anos, estreou na política elegendo-se vereador em Manaus. Em 1986 ganhou a eleição para deputado estadual e, quatro anos, depois a Câmara Federal. Em 2002, se elegeu ainda no primeiro turno para o governo do Amazonas, reeleito quatro anos depois. Tornou-se senador em 2010, cargo que exerce atualmente. No pleito de 2014 perdeu justamente para o governador agora cassado, José Melo.