Numa reunião da qual participaram também os senadores Cássio Cunha Lima e Paulo Bauer, Aécio Neves e Tasso Jereissati decidiram que a presidência do PSDB fica sob a responsabilidade de Tasso até pelo menos o fim do ano.
Aécio Neves resolveu licenciar-se por este período em decorrência do pedido de sua prisão e afastamento do mandato parlamentar feito pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Isto aconteceu em junho, apos a divulgação da fita em que o senador de Minas foi gravado em conversa considerada criminosa com o empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS.
Depois da votação e queda da denúncia, na Câmara dos Deputados, que pedia o afastamento de Michel Temer, com vários parlamentares tucanos declarando voto a favor das investigações sobre o presidente a situação de Aécio, afastado do comando do PSDB, e Tasso, interino, chegou-se a um momento de definição de rumo do partido. O senador mineiro é favorável da participação dos tucanos no governo. Tasso Jereissati, não.
Pelo que disseram, a permanência dos quatro ministros do PSDB no governo Temer — Aloysio Nunes Ferreira, Antonio Imbassahy, Bruno Araújo e Luislinda Valois — dependerá, porém, da decisão deles e do próprio presidente da República.