Somente na próxima terça-feira, após a reunião marcada para as 19 horas, o PMDB decidirá quem será seu novo líder, em substituição a Renan Calheiros.
Renan Calheiros subiu à tribuna do plenário para, em discurso, anunciar sua saída da liderança e dizer o que o faz por discordar das reformas trabalhista e previdenciária que o governo do presidente Michel Temer propõe. Disse também que o ex-deputado Eduardo Cunha — que, condenado em processo da Operação Lava-Jato, cumpre prisão em Curitiba — influencia nas decisões governamentais.
Desde que assumiu a liderança de seu partido, o parlamentar alagoano tomou posições contrárias à do presidente do partido e da República — Romero Jucá e Michel Temer — em várias ocasiões. Credita-se a Renan Calheiros a derrota na Comissão de Assuntos Sociais do relatório da Reforma Trabalhista, apresentado pelo colega de legenda Ricardo Ferraço, no dia 20 passado. Também nessa sessão, o líder Renan fez críticas aos projetos de interesse do Palácio Planalto.
Na terça-feira passada, no plenário, Renan e Jucá tiveram nova discussão. O líder Renan Calheiros desejava substituir nomes que integram a Comissão de Justiça da Casa, com o intuito de derrotar novamente o parecer da Reforma Trabalhista, apreciado agora na CCJ. O presidente Romero Jucá, então, buscou apoio da bancada para destituí-lo.
Ainda não está definido o nome do novo líder. Há quem aposte no senador Raimundo Lyra, do PMDB da Paraíba.