O presidente Michel Temer deu posse ao advogado Torquato Jardim no Ministério da Justiça, em substituição ao deputado Osmar Serraglio. O ex-presidente José Sarney fez questão de comparecer à cerimônia do Palácio do Planalto, na qual Temer fez discurso e disse que o Brasil hoje vive “momentos de conflito institucional” e que é preciso deixar os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário trabalharem em paz.
Em entrevista após a cerimônia de posse, o novo ministro da Justiça disse que não é plano, pelo menos nos próximos dois ou três meses, fazer mudança do comando da Polícia Federal, hoje chefiada pelo delegado Leandro Daiello. Sobre a escolha, em breve, do novo Procurador-Geral da República, que sucederá Rodrigo Janot, Torquato Jardim é de opinião que o presidente da República deve ter maior liberdade para fazê-lo. Ou seja, não precisa, necessariamente, obedecer à lista tríplice que recebe dos magistrados.
Torquato Jardim também disse que a “Operação Lava-Jato é uma ação de Estado e não de governo”. E que jamais declarou que tem intenção de barrá-la. E mais: que não faz sentido dizerem que uma de funções à frente do Ministério da Justiça será de alguma forma interferir no processo de julgamento no Tribunal Superior Eleitoral da chapa Dilma-Temer, que começará no próximo dia 6.