Posto em liberdade ontem em Curitiba por decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, José Dirceu, que foi ministro durante o governo do ex-presidente Lula, cumpre prisão domiciliar em Brasília e terá de usar tornozeleira eletrônica, segundo decisão do juiz federal Sérgio Moro. Não poderá deixar a cidade sem autorização e terá que comparecer à justiça sempre que for chamado.
Por volta das 16 horas, Dirceu deixou o Complexo Penal de Pinhais, nas cercanias da capital do Paraná, onde estava preso desde agosto de 2015, condenado em dois processos da Operação Lava-Jato. De lá, seguiu para Brasília, provavelmente de automóvel. Não se sabe ainda em que endereço o ex-ministro ficará. Provavelmente, em sua antiga residência, no Lago Sul, onde moram sua esposa e uma filha.
Dirceu poderá, porém, voltar ao presídio caso seja condenado em julgamento de segunda instância no Tribunal Regional Federal da Quarta Região, ainda sem data determinada. O ex-ministro cumpria prisão preventiva e por condenação por mais de 30 anos por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Ontem, o ministro Edson Fachin, do STF, relator do processo da Operação Lava-Jato, negou liberdade ao também ex-ministro de Lula e Dilma, Antônio Palocci, feito pela defesa do réu. Palocci também está preso em Curitiba, desde setembro de 2016, acusado de receber propina para facilitar negócios com a empreiteira Odebrecht.