De Rondônia para o mundo

Navegando em frente a uma fazenda num braço do Rio Solimões, a barcaça carregada de soja faz sua longa viagem pela Amazônia. Foto Orlando Brito

Quem sobrevoa a Amazônia de monomotor pode ver a maravilha que é a região Norte do Brasil. Foi subindo de Manaus para Coari que vi da janela do aviãozinho essa cena aí: uma fazenda ilhada pelas águas do Rio Solimões.

As casas – na verdade, palafitas – são a maneira mais apropriada para se morar na selva. Nos quintais da propriedade, um barco ancorado e uma pequena plantação de verduras para atender às necessidades dos moradores. No pasto, algumas cabeças de gado. E, passando ao largo, uma chata carregada, movida por dois rebocadores. Muito provavelmente transporta soja de Porto Velho até a capital do Amazonas. De Manaus, a carga é reembarcada em grandes navios e é exportada para vários países, singrando o Oceano Atlântico.

Como não existem ferrovias ou rodovias, a navegação é única forma dos produtos chegarem ao seu destino. Aliás, a navegação fluvial brasileira representa somente dois por cento do sistema de transporte do País.

Orlando Brito

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