Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o Banco Central adotará novas medidas para a redução do spread bancário, a fim de reduzir os custos dos empréstimos para empresas e pessoas físicas.
É que as taxas de juros fixadas pelo Banco Central, mais o spread bancário, tornam o custo do dinheiro no Brasil o mais caro do mundo.
Esta e outras medidas de desburocratização e estímulo à produtividade e competitividade das empresas não são novidade. Seus resultados vêm de forma gradual, ao longo do tempo, se o governo ganhar a queda de braço com os banqueiros.
O esforço do BC para reduzir o spread bancário vem desde a criação do plano Real, com resultados claudicantes. Um estudo do próprio BC indica que o spread bancário representava um custo de 21,6% nas operações de empréstimos.
O spread é a diferença entre o custo de captação do banco e a taxa final do empréstimo. O banco vai incluir neste spread o valor dos impostos pagos, seus custos administrativos e a perda que terá com a inadimplência. Se o custo de captação foi 13,75%, vai incluir mais os 21,6% no custo final do empréstimo.
O lucro da instituição financeira é o que resta após a cobertura dessas despesas. O lucro do banco é obtido com a cobrança das tarifas bancárias e os ganhos que obtém comprando e vendendo papeis diariamente do Tesouro Nacional.
Assim, os banqueiros sempre dizem que se a Receita Federal cobrar menos impostos e as pessoas pagarem em dia suas contas, o spread bancário pode cair. É muito difícil para qualquer empreendedor pagar estas taxas de juros e spread bancário e ter preços competitivos com os concorrentes estrangeiros.