A elevação hoje das taxas de juros do FED, banco central dos Estados Unidos, de 0,50% para 0,75% o ano indica o fim de um “interregno benigno”, como define o presidente do Banco Central Ilan Goldfajn, para o Brasil e países emergentes.
Com as novas taxas de juros, os títulos do Tesouro Americano passam a ser mais atrativos para os investidores estrangeiros pela segurança da aplicação e pelo retorno do que para países emergentes. O Brasil terá menos oferta de recursos externos.
A elevação dos juros, também, contribuirá para valorização do dólar e desvalorização das demais moedas, como o real.
O Banco Central poderia tentar competir com os americanos junto aos investidores elevando as taxas de juros, o que implicaria na valorização do real. Só que a política monetária do BC está indo em direção contrária, com redução das taxas. Como consequência, implicará em depreciação do real.
Um real mais fraco contribui para tornar mais competitivas nossas exportações no exterior e as importações mais caras. Por último, este dólar mais valorizado vai jogar contra no esforço do governo de controlar a inflação. Vamos aguardar os acontecimentos.