Embaixador Samuel Guimarães: tirar Venezuela do Mercosul é um equívoco

Nicolás Maduro .

O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães considera a decisão do Brasil de apoiar o afastamento da Venezuela do Mercosul um equívoco, com graves consequências institucionais.

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, confirmou decisão que foi tomada em conjunto por Chanceleres de países fundadores do bloco, como Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil.

O presidente da Venezuela Nicolás Maduro já havia sido impedido de assumir a Presidência do Mercosul neste último semestre de 2016 pelo fato de seu país ter deixado de cumprir diversas obrigações, como a livre circulação de mercadorias entre os países do Mercosul e a cláusula democrática. O colegiado do Mercosul havia dado um prazo de até 1º de dezembro para a Venezuela se ajustar. Como não conseguiu, foi afastada.

“Isso é extremamente grave, esta atividade. É agressiva e sem razões. Terá consequências sobre as relações comerciais e institucionais com a Venezuela”, disse Samuel Pinheiro Guimarães, os dos mais antigos articuladores do Mercosul.

Guimarães disse que não cabe ao Brasil ficar ditando que tipo de regime político devem adotar seus países vizinhos. E, independentemente da importância que tem na balança comercial para o Brasil, a Venezuela é um país que tem uma grande fronteira em uma área importante de floresta da Bacia Amazônica.

“É óbvio que essa atitude agressiva não nos beneficia no futuro. A Venezuela é um pais amazônico. Temos interesses comuns na preservação da Bacia Amazônica”, disse Guimarães.

 

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