Com a aprovação da PEC do gasto no Senado, em primeiro turno, assessores do Planalto dizem que o governo de Michel Temer deu mais um passo na construção de uma ponte segura de travessia para o crescimento econômico com geração de empregos em um ambiente de inflação controlada.
Apesar deste esforço, ainda não houve reações na economia nesta direção. A economia deve fechar o ano com encolhimento de 3,5% do produto Interno Bruto (PIB), desemprego em alta e inflação ainda resistindo às elevadas taxas de juros reais praticadas pelo Banco Central.
A próxima iniciativa de Michel Temer, depois de aprovada a PEC, no segundo turno, é a reforma ampla na Previdência Social para que seu déficit fique estabilizado ao longo dos anos em torno de R$ 180 bilhões anuais.
Sem a reforma, o déficit cresce de forma exponencial e a Previdência acabará ficando com a maior parte dos recursos do Orçamento, inviabilizando a administração pública. O Congresso não terá outra alternativa que não seja a aprovação da reforma, uma vez que, como prevê a PEC 55, caberá a Comissão Mista de Orçamento da Câmara e do Senado definir, dentro do limite do teto, onde serão aplicados os recursos da União.