A equipe econômica deve ganhar a queda de braço com a Receita Federal sobre uma nova etapa da repatriação de recursos de brasileiros no exterior em 2017.
A iniciativa de um novo projeto neste sentido é do presidente do Senado, Renan Calheiros, para resolver os problemas de caixa do Tesouro Nacional no ano que vem em função da lentidão do processo de recuperação da economia, que afeta a arrecadação de impostos.
A Receita Federal está resistindo à ideia por temer que esta segunda etapa de regularização de recursos de brasileiros no exterior beneficie traficantes, contrabandistas e beneficiários da corrupção política, investigados ou não pela Lava Jato.
Os auditores fiscais consideram um precedente grave que pode estimular contraventores e sonegadores a andar fora da lei. A área de arrecadação da própria Receita concorda com estes argumentos, mas acredita que em um novo processo de regularização o Tesouro Nacional terá uma receita equivalente aos R$ 46 bilhões deste ano.
Se depender da equipe econômica que está cuidando para que o déficit primário fique abaixo de R$ 139 bilhões em 2017, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles decidirá a queda de braço a favor desta nova fonte de receita, que, se aprovada no Senado e na Câmara Federal, deverá entrar nos cofres públicos por volta de março a abril.