Daqui a alguns anos antropólogos, psicólogos, psiquiatras, historiadores e outros tantos estudiosos tentarão, talvez sem sucesso, explicar o surto coletivo que tomou conta de parte dos bolsonaristas nos últimos dois meses.
Inconsoláveis com a derrota do “mito” nas urnas, acamparam em frente aos QGs do Exército em várias partes do país, desde o resultado do segundo turno, pedindo intervenção militar para manter Bolsonaro presidente. Esperaram até a última hora por uma “ordem” de Bolsonaro para que as Forças Armadas entrassem em ação e tomassem o poder.
Encheram a internet de fake News, apelaram ajuda até aos Extraterrestres, mas, como sempre, a realidade se impôs. Nem mesmo a fuga de Bolsonaro para os Estados Unidos convenceu essa turma de que o jogo acabou, Game Over.
É verdade que boa parte já voltou pra casa, mas para alguns a alucinação continua. Alimentados por pessoas sem escrúpulos e que ganham muito com essas mentiras, os bolsonaristas persistem na negação.
Falam que a posse de Lula não passou de uma fraude – se apegam a detalhes bobos como a diferença entre a faixa que Bolsonaro usou na posse e a que foi colocada em Lula. Mas a pior de todas as fake News, a mais absurda já vista até agora (até parece piada) é a de que o general Augusto Heleno, cuja exoneração foi publicada no último dia 31, ainda despacha no Planalto e que ele, o general, é quem está mandando no país. A prova disso: não terem sido expulsos da frente do quartel. Vejam os vídeos.
Essa nem Freud explica.