Ando muito a pé pela Asa Sul, perto da quadra onde moro. Há tempos venho reparando como as ruas, as calçadas, os parques e os jardins andam sujos. Muitas folhas caíram durante o inverno seco de Brasília e continuam pelo chão. Agora, com o início das chuvas, é perigoso pisar nas folhas molhadas e escorregar. Aliás, perigoso também é andar pelas calçadas, que além de sujas, estão quebradas. Missão quase impossível é empurrar carrinho de bebê pelos passeios danificados das quadras. Imagino a dificuldade que deve ser para um cadeirante. Brasília, uma cidade tão jovem e moderna, não é acessível para deficientes.
Faço esse relato em tempo de campanha pré-eleitoral para destacar que uma gestão pública eficiente não deve se limitar a fazer grandes obras.
Cuidados com limpeza urbana e saneamento básico devem ser prioridade em qualquer administração. Assim como o serviço doméstico, essas coisas só são percebidas quando deixadas de lado. É o que está acontecendo no DF. Grandes e importantes obras estão sendo feitas, mas a casa está suja.
Bom refletirmos sobre os gestores que cuidam de coisas simples, com menos visibilidade, igualmente essenciais para a população, e não são reconhecidos.
Muitas obras são inegavelmente necessárias, mas não podemos deixar de cobrar pelos serviços básicos.
Não adianta reformar a casa toda e deixar a sujeira tomar conta.