Pode até haver alguma surpresa, algo inesperado. Mas é quase certo que na sessão dessa segunda-feira, a Câmara vote pela cassação do deputado Eduardo Cunha. Há palpites para todos os resultados, na verdade. Há quem dê como definida a perda do mandato do parlamentar carioca. Mas há também quem aposte em sua suspensão e até mesmo na absolvição.
Desde quando o deputado Delegado Waldir, protocolou no Conselho de Ética abertura de investigação contra o então presidente Eduardo Cunha — por este haver negado numa comissão que não possuía contas bancárias no Exterior — até hoje são dez meses. É, aliás, o mais duradouro processo de todos os tempos que a Casa conhece.
Nesse tempo, foram formalizados processos em que Eduardo Cunha é acusado de negócios ilegais. Teve seu mandato suspenso pelo Supremo, ficou proibido de circular pelas dependências da Câmara e acabou renunciando à presidência da Casa, apesar de seus aliados usarem de todas as artimanhas regimentais para manter seu mandato. Nove dos partidos representados na Câmara recomendam a seus parlamentares que votem por sua cassação.
Para, enfim, que o mandato de Eduardo Cunha seja cassado é necessário que 257 deputados votem pelo “sim”.