(A última frase de Gilberto Kassab na cerimônia, foi a mais reveladora. Com bom humor, disse estar dando uma notícia em segredo aos jornalistas:
— Pacheco será candidato à Presidência da República!)
O lugar escolhido pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para a filiação do senador Rodrigo Pacheco, ao seu partido, o PSD, foi o Memorial JK, o museu que guarda a história do ex-presidente Juscelino Kubitschek. Festa prestigiada por governadores, prefeitos, parlamentares e entusiastas de uma candidatura de terceira via a presidente contra as de Lula e Bolsonaro.
A razão de o evento ser realizado o Memorial JK teve a clara intenção de associar o nome de Pacheco, senador por Minas Gerais, à respeitada figura do ex-presidente Kubitschek, que governou o Brasil de 1956 a 1961, eleito pelo Partido Social Democrático.
Para acentuar o toque mineiro à chegada de Rodrigo Pacheco ao PSD, a bandinha musical composta de flauta, bandolim, violão e pandeiro mandou, em baixo volume, a tradicional “Ó, Minas Gerais”. O empresário Paulo Octávio Pereira, casado com a neta de JK, Ana Christina Kubitschek, abriu a cerimônia, lembrando a coincidência de o partido estar, na mesma data, em festa 56 anos depois de extinto.
Depois foi a vez de Gilberto Kassab. Falou das qualidades pessoais e políticas de Rodrigo Pacheco e suas ligações com Minas Gerais, embora o senador tenha nascido em Rondônia. Vários parlamentares foram presitigiar o evento, inclusive o presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz. Havia também dois governadores, Ratinho Jr, do Paraná, Belivaldo Chagas, de Sergipe. E o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Khalil.
Por fim, o discurso de Pacheco. Ressaltou a importância da serenidade que o momento brasileiro necessita, conclamou todos ao acolhimento e lembrou o compromisso de Minas com a liberdade, na figura de Tiradentes. De Tancredo Neves, com a conciliação e do patrono da festa, o ex-presidente Juscelino Kubitschek, como espelho de progresso e futuro:
— O cidadão sente no seu dia-a-dia os efeitos de uma economia que não deslancha, pena com o aumento dos preços dos alimentos, do combustível, do gás de cozinha. Sofre com a falta de emprego e oportunidades de trabalho, e por fim deixa de acreditar no seu próprio futuro… Não podemos tolerar um país com base agrícola e pecuária ter cidadãos passando fome e buscando comida no lixo.
Após duas horas, de abraços, discursos e aplausos a cerimônia terminou. Claro, com a canção que não podia faltar em uma festa ligada a Juscelino Kubitschek: a tradicional “Peixe Vivo”, acompanhada com palmas e coro de voz dos presentes.
Ah, sobre a frase-revelação de Kassab, Pacheco respondeu ao ser indagado por um jornalista, bem à moda mineira:
— Tudo a seu tempo!