Algumas coberturas colocam um jornalista diante de personagens em situações inteiramente antagônicas. Essas fotos que mostro a você, no meu caso, são um bom exemplo disso. As fiz no Estádio Coliseu de Los Angeles, no jogo final da Copa do Mundo dos Estados Unidos, em 17 de julho de 1994.
Claudio Taffarel, goleiro do Brasil comemora feliz e vitorioso, a conquista da Seleção Brasileira. À sua frente, inteiramente decepcionado, derrotado e cabisbaixo o atacante da esquadra italiana, Roberto Baggio, que chutara para as nuvens o mais importante pênalti de sua vida.
Jogador de tantos êxitos e glórias e que tinha ganho no ano anterior, 1993, o troféu Bola de Ouro da FIFA, Baggio ficou marcado por esse momento infeliz de sua carreira de craque goleador. Ninguém ressalta, porém, que ele, um dos maiores jogadores da história da Itália jogou a partida final da Copa sem condições físicas. Usou uma liga elástica na coxa para amenizar as dores de uma contusão adquirida no jogo contra a seleção da Bulgária dias antes.
Roberto Baggiojogou em dez grandes times italianos. Fez dupla com Ronaldo Nazário na Internazzionale de Milano. Fã declarado do atacante brasileiro Zico. Hoje, com 54 anos, o craque tem ojeriza aos estádios de futebol. Rico, Baggio colabora com um templo de orientação budista, sua religião.
Já o gaúcho Taffarel, voltou para Porto Alegre, onde possui um escritório de eventos esportivos em sociedade com o craque Paulo Roberto Falcão, seu ex-companheiro de clube, o Internacional. Querido por todas as torcidas dos clubes que defendeu: a Inter de Milão, o Parma, Reggiana, o Atlético Mineiro e o Galatassaray, da Turquia. É considerado um maiores goleiros do mundo.
Orlando Brito