Jair Bolsonaro repetiu nesse sábado uma inovação em seus programas de fim-de-semana. Assim como fez em Brasília e Rio de Janeiro, dessa vez escolheu São Paulo para passear de motocicleta.
Seguido por 12 mil motociclistas, percorreu em torno de 62 quilômetros um trajeto que compreendeu a Rodovia dos Bandeirantes, a Marginal do Tietê, as ruas da capital paulista e terminou no Parque do Ibirapuera, em frente ao Monumento das Bandeiras. Durante o percurso, faixas e cartazes com ofensas so Supremo Tribunal federal e pedindo intervenção militar. Na chegada, cumprimentou fãs e fez discurso.
Reiterou já ter pedido ao seu ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, norma desobrigando do uso de máscaras faciais as pessoas já vacinadas ou tenham contraído a Covid-19. Esse desejo de Bolsonaro é contestado por médicos infectologistas e microbiologistas. Ao contrário do que ele diz, os sanitaristas afirma que elas são peça essencial para evitar o contágio pelo Corovírus. Contestou também o número de mortos durante a pandemia e voltou a pregar o uso de medicamentos não reconhecidos pela ciência como eficazes ao dizer que a hidroxicloroquina não faz mal e nunca teve notícia da morte de alguém por ter tomado ivermectina.
Durante o passeio organizado por clubes de moto e tiro e grupos evangélicos, Bolsonaro viajou com capacete sem viseira e, ao final, provocou aglomeração, sem uso de máscara. Com ele estavam os ministros Ricardo Salles, Marcos Pontes e Tarcísio Freitas e também o filho Eduardo e a deputada Carla Zambelli. O governo de São Paulo estima em 1 milhão e 200 mil reais os custos com o programa.