Geddel e Meirelles podem jogar juntos pela PEC do teto de gastos

Geddel Vieira Lima e Henrique Meirelles. Foto Orlando Brito

A área econômica e a área política do governo de Michel Temer passaram hoje um sinal de que podem jogar juntas pela aprovação do Projeto de Emenda à Constituição 241 de controle dos gastos públicos, na alegria e na tristeza.

Foram coisa rara de ser vista no Ministério da Fazenda os discursos encorajadores de 22 deputados e do ministro Geddel Vieira Lima ao ministro Henrique Meirelles pela iniciativa da engenhosa medida de ajuste fiscal pelo lado da limitação de gastos, em um café da manhã na sala do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Meirelles disse aos deputados que, independentemente da PEC, o governo tem prerrogativa para fazer orçamento de 2017 no mesmo patamar deste ano, acrescido apenas da inflação nominal.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, em linha com Meirelles, disse no Rio de Janeiro que o governo não vai mesmo aumentar impostos em 2017 para fechar as contas. Vale, mesmo que ainda não tenha sido aprovada, a regra da PEC 241.

O governo sabe que terá que vencer resistências para a aprovação da medida no Congresso. A presença de Henrique Meirelles amanhã na Comissão Especial da PEC 241 é para fazer um trabalho de convencimento com os parlamentares para o ajuste fiscal que será feito para garantir o crescimento sustentável da economia daqui pra frente.

A preocupação da equipe econômica e dos políticos é com o processo de esvaziamento da Câmara Federal até as eleições de outubro. Os deputados precisam estar ao lado dos candidatos a vereadores e prefeitos, pois são eles seus principais cabos eleitorais nas eleições de 2018.

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