O Tesouro Nacional escalou hoje coordenadores e servidores em cargos de confiança para fazer o trabalho de gerentes e demais funcionários em greve.
Todos os servidores com cargos de Direção de Assessoramento Superior (DAS) 3, 4 ou 5 foram convocados para fazer o serviço de classificação de despesas e pagamentos do Tesouro dos gerentes e seus subordinados em greve.
Uma fonte qualificada da instituição disse a Os Divergentes que não há nenhum risco de que os leilões de títulos do Tesouro não aconteçam. Todos os pagamentos de agosto aos estados, municípios, empreiteiros, fornecedores e inclusive da folha de pessoal estão assegurados.
O Tesouro pretende pagar aos servidores em greve a primeira parcela de 5,5% de um reajuste de 27,9%, previsto até 2019 para ser concedido a todos os funcionários.
A paralisação do Tesouro é para não perder a relação de equiparação salarial com os servidores da Receita Federal, que sempre ficou em torno de 95%. Como a Receita este ano fez uma negociação diferente dos demais servidores e agora terá um abono adicional de R$ 3,5 mil, a paridade com o Tesouro caiu para 80%.
A única consequência da greve será para os investidores do Tesouro Direito, que só poderão fazer aplicações ou movimentações entre as 17 horas de hoje e 6 horas da manhã do dia seguinte. Até agora, as aplicações e movimentações eram feitas no mesmo horário do sistema bancário.