Há um ano a Covid assolava o mundo, deixava de ser somente uma crise sem grandes proporções aparentemente surgida na província de Wuhan, na China, para transformar-se em pandemia e afetar praticamente todos os países. Hoje já são em torno de dois milhões e quinhentos mil mortos em todo o mundo. No Brasil, a quantidade de óbitos ultrapassa o número de 252 mil.
Desde o início da pandemia do Coronavírus, em fevereiro do ano passado, o governo brasileiro demonstra dificuldade em lidar com a crise mortal. Jair Bolsonaro sempre desconsiderou a gravidade do mal, a ponto de chamá-lo de gripezinha. Achava que era uma questão sendo superdimensionada. De lá para cá, trocou três ministros da Saúde e, ele mesmo e 15 auxiliares do primeiro escalão, contraíram a Covid.
Defensor do uso da Cloroquina, medicamento não reconhecido pela ciência como eficaz para a cura do coronavírus, Bolsonaro prega o não uso de medidas protetivas contra o contágio: as máscaras, por exemplo. Numa cerimônia no Palácio Planalto, até disse “não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas. Olha que prato cheio para a imprensa. Prato cheio para a urubuzada que está ali“.
O senhor que preside o Brasil também critica o distanciamento social, a aglomeração de pessoas. Diz que isto afeta a economia. Para agravar a situação, a quantidade de desempregados chegou nessa semana a 13 milhões de brasileiros. Diariamente há protesto nas ruas e aumentam os pedidos impeachment para Bolsonaro.
Com o crescente aumento do número de pessoas contaminadas, governadores de 12 estados e do Distrito Federal tentam conter o avanço do vírus com medidas restritivas às aglomerações. Decretam toque recolher. Esperam que com lockdowns, ou seja, as quarentenas domiciliares, possam diminuir os efeitos da pandemia.
Em visita ao Ceará nessa sexta-feira, Jair Bolsonaro disse em discurso que os governadores que adotarem medidas para isolamentos sociais terãom, eles, de pagar o auxílio emergencial que o governo federal promete para as populações de baixa renda. Misturou-se a um pequeno grupo de pessoas lá presentes e, como de hábito, sem usar máscara.
O certo é que o Brasil tem hoje hospitais em situação de colapso para atender os infectados, com falta de leitos, equipamentos, médicos e UTIs lotadas. No Amazonas, o caos. O governo tem claros problemas de gestão dessa crise. Depois de muita discussão e negociações com laboratórios fabricantes, as vacinas contra a Covid começaram a chegar ao País, ainda em números insuficientes. Mas, ainda assim, em todos os estados o programa de imunicação está em curso. Segundo os especialistas, o pior pode estar ainda por vir, com as novas variantes do vírus.