Candidato a vereador no Rio de Janeiro pelo Partido Novo, Leandro Lyra fez um levantamento e constatou que 23 dos 51 vereadores eleitos para a Câmara Municipal em 2012 abandonaram, durante o mandato, o partido pelo qual foram eleitos.
Ou seja, a troca de agremiações atingiu 45% dos vereadores. Sendo que 17 dos 51 eleitos (um terço) trocaram mais de uma vez de partido durante suas carreiras.
Segundo o levantamento feito por Leandro Lyra, o maior beneficiado pelas trocas foi o PMDB, pulando de 13 candidatos eleitos em 2012, para 18 representantes na Câmara neste ano.
Alguns eleitores, ainda, viram seus partidos perderem completamente a representação no Palácio Pedro Ernesto: PR, PSL, PTN, PSDC e PV foram tão esvaziados que ficaram sem vereadores.
As justificativas para trocas interpartidárias são as mais diversas. Porém, segundo o candidato, há claros indícios de que o motivo são as eleições deste ano.
“Aparentemente, os políticos esperam abocanhar parte do Fundo Partidário destinada aos diretórios regionais dos partidos para os quais se transferiram. O que explica a corrida para inscrição na legenda de maior tamanho, o PMDB, que detém uma fatia maior do Fundo”, afirma Leandro Lyra.
O candidato diz que seu partido tem o compromisso de não utilizar o Fundo Partidário. O dinheiro recebido será guardado em contabilidade separada para, depois das eleições, segundo ele, decidir se será devolvido ou usado numa campanha, por exemplo, contra o próprio Fundo Partidário.
Talvez seja por esta decisão de não utilizar o Fundo que sua legenda, mesmo tendo 10 mil filiados, não tenha recebido políticos já eleitos. Mas, quem sabe, não é melhor assim?