Como é natural nas capitais de todo o mundo, praticamente todos os dias há em Brasília uma, duas, três, várias manifestações. São entidades de classe que vão buscar apoio do governo e parlamentares para seus problemas. Na maioria das vezes, entretanto, são grupos que vão bradar contra ou favor dos senhores que presidem a República.
Nesse domingo não foi diferente. Pela manhã, apoiadores de Jair Bolsonaro fizeram concentração e carreata na Esplanada dos Ministérios. Pedem anulação das eleições municipais porque creem que o resultado negativo de seus candidatos tem causa que julgam suspeitas. Por isto pedem o fim do processo digital de votação, exigem a cédula impressa. E mais, discordam de qualquer decisão que o Supremo tome sobre a questão da reeleição para a Câmara e o Senado. Segundo disseram nos carros de som, não querem mais o fechamento da Suprema Corte e, sim, a substituição dos ministros.
Às cinco da tarde, outro grupo foi às ruas, mais precisamente à Praça dos Três Poderes, desta vez da oposição. Em frente à rampa do Palácio do Planalto — como tem acontecido nos últimos fins-de-semana — querem o impeachment de Jair Bolsonaro. Defendem medidas adequadas para a Economia, tratamento mais humano para o drama da pandemia da Covid no Brasil e acerto na política de preservação do Meio-Ambiente.