O prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda, do PSB, acabou criando uma grande crise para si próprio. Cedendo à interferência do senador tucano Aécio Neves, Lacerda concordou que o PSB abrisse mão de seu candidato próprio para a prefeitura da cidade, o economista e engenheiro Paulo Brant, já indicado em convenção.
Antigo aliado de Aécio, Lacerda concordou em apoiar João Leite, o candidato do PSDB.
Na sexta-feira passada, Lacerda designou três assessores para um chope com Paulo Brant em um bar no bairro de Lourdes. No encontro, Brant foi surpreendido com a comunicação de que o PSB não teria mais candidato próprio, porque o partido apoiaria a chapa do PSDB.
Isso aconteceu justamente no dia que Paulo Brant havia se despedido da presidência da Cenibra, uma produtora mundial de celulose, de capital japonês, para iniciar a campanha à prefeitura da capital. O estrago dentro do PSB mineiro com a decisão de Lacerda é grande: depois de oito meses do assédio de Lacerda, Brant decidira tomar a difícil decisão de abandonar um emprego milionário para se dedicar a vida pública.