A guerra pela sucessão na Presidência da Câmara não está definida. Nem sequer se pode dizer que ela está longe ou perto do fim. Pode ser que acabe na terça-feira 12, na quinta ou na sexta-feira, ou pode ser que fique para o mês do desgosto.
Até a manhã deste domingo, apenas seis deputados se inscreveram como candidatos: Fausto Pinato (PP-SP), Carlos Gaguim (PTN-TO), Carlos Manato (SD-ES), Marcelo Castro (PMDB-PI), Fabio Ramalho (PMDB-MG) e Heráclito Fortes (PSB-PI).
Destes, apenas um consta das listas dos analistas como integrante do seleto grupo dos favoritos: Heráclito Fortes. Outros três nomes, ainda não inscritos, é que são citados em praticamente todas as listas de favoritos: Rogério Rosso (PSD-DF), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Fernando Giacobo (PR-PR).
O que há de comum entre estes quatro favoritos?
É que, em diferentes graus, todos são ou já foram aliados do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Hoje nenhum deles é hostil ao ex-presidente da Câmara e todos podem ter o apoio do governo.
Ou seja, Eduardo Cunha já conseguiu vencer uma primeira batalha: inscreveu aliados entre os favoritos na disputa por sua sucessão.
E o futuro presidente da Câmara será decisivo na conclusão de seu processo de cassação. Se estiver na cadeira um deputado hostil, será praticamente inevitável a sua derrota. Se for um aliado, na pior das hipóteses o processo de votação será retardado. Possivelmente para depois do recesso.
Mas como foi dito antes, nada está definido. Além dos seis inscritos e dos outros três favoritos ainda não inscritos, há pelo menos mais meia dúzia de possível candidatos, alguns que não são simpáticos ao ex-presidente da Câmara, como por exemplo Júlio Delgado (PSB-MG), Esperidião Amin (PP-PR) e Miro Teixeira (Rede-RJ).
Enfim, ainda tem jogo a ser jogado. Mas Eduardo Cunha saiu na frente.