Trabalho, amor e alegria para o crescimento

Fafá

Finalmente encontrei minha candidata à presidência  da República e, como todos já perceberam, para essa tarefa deve tratar-se de uma grande mulher. Como elas são, na atualidade, tão competentes e ativas quanto os homens – desse mesmo tipo – em tudo o que fazem. Assim será também em relação ao que ainda irão realizar no futuro. Optei por essa decisão, da qual não creio me arrepender.

Já havia pensado em outra candidata mulher, a Simone Tebet, mas ela me pareceu uma figura meio frágil para os desafios a enfrentar, embora sem desmerecê-la, dadas suas qualidades.  Não lhe faltam competência e correção moral. Esse é trabalho para uma mulherona, de resistência física, moral e de coração forte. E fora do lambuzado jogo político. Além disso, nos últimos tempos, premiada com a auréola da alvura e da pureza, no que antes era simples cabeleira de cor incerta.

Desemprego e vida dura nas ruas – Foto Orlando Brito

Alguma surpresa?  Claro que não, o Brasil e seu  povo sofrido, nos dois sentidos, padece há décadas. Hoje como sempre, ao povo falta comida, casa, educação, esperança e tudo o mais que mereceram mas não receberam dos que aqui se intitulam presidentes, governadores, prefeitos. E todos com a chance de outro mandato para recuperação, que nunca ocorre.

Temos agora, à frente, um bando de busuntas se arvorando como candidatos. Um que ficou 8 anos no poder, depois lá colocou uma protegida mais dois mandatos. Nos Estados, a maioria dos governadores duplica os mandatos, e nada faz durante mais 4 anos. Não dá para suportar . Trata-se de um castigo permanente. Esqueçamo-los, de vez. Nada mais de lulas, bolsos, ciros, dórios, moros, e mais alguns bocós . 

Minha candidata é escultural, alegre, sempre alegre, sorridente, franca, corajosa, timbre de voz absolutamente único. Algo assim que nosso bom Deus não conseguiria fazer uma repetição. Única, exclusiva do amor, da alegria, da fraternidade, da coragem e da decência, entre tantas qualidades. Porque uma candidatura insólita? Afinal, eventualmente sendo ela candidata, posso sonhar por um futuro melhor para todos, nesse  brasilzinho envergonhado de seus políticos.

Fafá, há 38 anos, em 25 de janeiro de 1984, no comicio do Diretgas, com Tancredo, Montoro, Ulysses, FHC – Foto Orlando Brito
Senadora Simone Tebet – Foto Orlando Brito

Só uma fada. Somente uma fada para retomarmos a  ter alegria e esperança. Essa joia de que falo chama-se Fafá de Belém, cuja voz ecoou ao longo do país há anos, defendendo eleições diretas para a presidência, episódio histórico recordado pela Globo. Que ao mesmo tempo apresentou-a  em entrevista. Mas que prefere viver de sua voz e de sua verdadeira maneira de ser. Preconceitos e maldades, zero.

Talvez não consiga realizar minha intenção nem convencer a ela e ao público. Esse tipo de candidata que ouso lançar representa um forte simbolismo do tanto que o país não quer mais, e muito do que precisa com muita urgência.  É a alegria e a beleza moral contra a violência, o negativismo, as armas. Uma imagem nova, construtiva e estimulante que o Brasil precisa.

A cabeleira alva é o aviso de que uma força maior poderia assumir o comando e empurrar esse país para a frente. Talvez uma idealística sugestão exagerada para nossa rainha das diretas. Ela deve preferir, através da música e das artes, colaborar para o avanço do país e sua população. Mas eu tento.

Pode haver caminhos diversos a percorrer para a recuperação do país, com paz de espírito e dedicação ao trabalho. Ela, minha candidata, pode até não concretizar o meu desejo, mas é, e será mesmo, a minha candidata, a inesquecível gargalhada da liberdade. Alegria, Brasil.           :

— José Fonseca Filho é jornalista

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