Lula sobe ao ringue com Bolsonaro para disputar o país que eles querem destruir

A pesquisa XP / Ipespe aponta o presidente Bolsonaro e seu antecessor, Lula, como os postulantes mais citados pelos eleitores para as eleições de 2022

Lula quer voltar pra lá. Bolsonaro quer continuar lá. Nesta confusão, e com o país arrasado pelo coronavírus e o negacionismo ( i.e. incompetência) presidencial, a decisão dos dois foi disputarem com uma briga, no ringue do grande ginásio de esportes Brasil, o direito de ser novamente presidente deste sofrido país. Hoje com o título de campeão mundial de portadores de coronavírus, em todas as suas fases: ambulatório, corredores, enfermagem, oxigênio, intubação, UTI e cemitério.

A luta vai ser no estilo vale-tudo plus: tapa, soco, chute, ponta-pé, empurrão, dedo no olho, rasteira, puxão de cabelos, mordida na orelha e outros lances da criatividade dos contendores. Os torcedores do lado direito do ginásio garantem que Bolsonaro vai ganhar fácil, pois ele próprio costuma repetir que foi o maior atleta do Exército, destacando-se em vários esportes, entre eles o tiro ao alvo, o arco e flecha e a esgrima. Não disputou a Olimpíada do ano porque foi expulso da caserna.

Mas o pessoal do lado esquerdo acredita na vitória do nordestino Lula, considerando que atleta de verdade é quem sobrevive ao parto e à vida no sertão árido do Nordeste. Lula
começou a se alimentar com café preto e bolacha de cactos. Fazia discursos nas feiras em troca de feijão, chamando os fazendeiros de empresários. Esses personagens só viria a conhecer anos mais tarde, após 7 dias a bordo de um pau-de-arara que o levou a São Paulo. Assim, tem que ser atleta.

Militantes brigam durante manifestação – Foto Orlando Brito

A briga do ringue vai acabar se estendendo pelo povo e pelas ruas, levando o ódio irracional de ambos ao conflito. A violência gerada pela disputa política entre dois presidentes fracassados na tarefa de desenvolver o país pode acabar numa conflagração geral. Uma antiga briga entre direita, ou bolsonaristas, ou neofacistas: e esquerda, ou lulistas, ou comunistas. A única característica que une os dois grupos é o desamor à democracia, à justiça e ao trabalho. E o desejo mórbido de bombardear o STF.

Esse quadro representa o Brasil de hoje, esfacelado pelas mãos e cérebros doentios de Lula, Dilma e Bolsonaro. Nosso país perdeu vinte anos de trabalho e dignidade. Como grande obra, Lula criou uma bolsa para os pobres, que assim continuarão sempre pobres, mesmo classificados como família; Dilma construiu um porto em Cuba, e recebeu de cortesia do regime uma caixa de rum, com 30% de álcool. Já o Bolsonaro liberou revólveres, espingardas, granadas e munição pra quem quiser. Poderão até serem usados nas brigas da campanha.

Militância em frente à Suprema Corte – Foto Orlando Brito

O Brasil está em fase de pré-liquidação por governantes desqualificados. Nem precisaria de coronavírus. Os comunistas-lulistas e os fascistas-bolsonaristas estão se organizando para um período de campanha eleitoral que promete violências, radicalizações, ódio e ignorância. Tudo que a população desaprova. Nos conflitos, os soldados do Lula virão do MST, e os do Bolsonaro dos baderneiros radicais.

O candidato Bolsonaro é o mais otimista com a possibilidade de vitória eleitoral. Se conseguir que a votação seja no papel, com canetinha, envelopinho e urna para depositar. Nada de tecnologia. Tal como Lula via seu pai votar no tempo dos coronéis do sertão, que mandavam em tudo e todos. Até na urna.

— José Fonseca Filho é jornalista

Deixe seu comentário