O futuro de Bolsonaro está atrelado ao sucesso ou fracasso da reforma da Previdência

Presidente Jair Bolsonaro. Foto Divulgação

A primeira avaliação técnica de alguns especialistas, que leram todo o texto da proposta da Previdência, é de que a reforma é “ótima”, a solução mais eficiente para reduzir o déficit previdenciário e garantir que a economia brasileira dê um salto.

Diante disso, o mundo político já colocou em seu radar que um eventual salto na economia poderá beneficiar não só o Brasil, mas em especial o presidente Bolsonaro. Alguns já concluíram que, politicamente, são grandes as chances de Bolsonaro conseguir reverter os arranhões que sua imagem começou a sofrer após minimizar e apoiar trapalhadas de seus filhos.

Ministro Paulo Guedes. Foto Orlando Brito

Mas essa previsão política só terá chances de dar certo, se o texto produzido pela equipe de Paulo Guedes não for muito desidratado pelo Legislativo.

Os pontos considerados mais importantes da proposta são: a idade mínima para as aposentadorias, 65 anos para homens e 62 para mulheres, e o aumento da contribuição dos servidores públicos e inativos.

Já a mudança no chamado BPC, que passa exigir idade mínima de 70 anos para idosos em situação de miserabilidade, foi considerado um erro. Pior do que isso, dá discurso para a oposição e aqueles aliados insatisfeitos com a falta de articulação política do governo. O adiamento de 30 dias para o encaminhamento do projeto previdenciário dos militares é outro ponto que poderá atrasar a tramitação da reforma da Previdência.

Plenário da Câmara. Foto Orlando Brito

Isso porque já tem muito deputado afirmando que só começará a analisar o texto da reforma, depois que o projeto dos militares chegar ao Congresso.

O que deixa transparecer, por outro lado, o incômodo cada vez menos velado de deputados da base governista com o avanço das nomeações de generais para cargos estratégicos do governo.

Ou seja, ainda é longo o caminho a ser percorrido por Bolsonaro para que o “mito” se transforme em uma espécie de herói, um novo salvador da pátria ou, ao menos, da economia brasileira. Ninguém deve esquecer que se Bolsonaro não for bem sucedido nesta missão, todos nós, brasileiros, choraremos juntos ao sermos arrastados pelo caos econômico no país.

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