Depois da Petrobras, agora é o BB que tem prejuízo por causa de Bolsonaro

Uma das principais críticas aos 13 anos de gestão petista no Brasil era justamente por conta da interferência política na condução das estatais. O presidente Jair Bolsonaro parece não ter entendido isso.

Agência Matriz do Banco do Brasil, em Brasília. Foto Orlando Brito

Dezoito dias apenas depois de ter feito a Petrobras perder R$ 32 bilhões de seu valor de mercado, após vetar o reajuste do diesel, Bolsonaro acabou desencadeando uma nova turbulência no mercado financeiro, com a queda das ações do Banco do Brasil, logo após o presidente solicitar ao presidente da instituição, Rubem Novaes, juros mais baixos para os produtores rurais.

Ao anunciar R$ 1 bilhão para o seguro rural, durante evento do setor agrícola em Ribeirão Preto (SP), Bolsonaro mais uma vez mostrou que ainda não se acostumou com o papel de presidente da República e disparou: “Eu apenas apelo, Rubem (Novaes), me permite fazer uma brincadeira aqui. Eu apenas apelo para o seu coração, para o seu patriotismo, para que esses juros, tendo em vista você parecer ser um cristão de verdade, caiam um pouquinho mais. Tenho certeza de que as nossas orações tocarão seu coração”.

Não demorou muito para que as ações do BB passassem a operar em baixa, depois de terem avançado mais de 1% durante a manhã. Por mais que se torça para que esse governo dê certo, pois o Brasil precisa disso para sair do buraco em que o PT o colocou, fica cada vez mais difícil acreditar que isso seja possível.

Basta que o presidente ou seus filhos abram a boca, conscientemente ou não, para o país sentir o tranco e a população pagar a conta.

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