Pazuello no Senado admite que situação da Covid “pode apertar”

Eduardo Pazuello e Rodrigo Pacheco - Foto Orlando Brito

O general Eduardo Pazuello esteve nessa quinta-feira no plenário do Senado, convidado que foi para falar da atuação dele e do governo especialmente em Manaus durante a pandemia da Covid.

Respondeu às perguntas de vários senadores e, em resumo, disse que antes de acontecer o grande número de mortes na capital do Amazonas, o governo estava com as atenções voltadas para a vacinação. E que, infelizmente, o volume de vítimas fatais tanto no Brasil quanto no mundo comprovou que a ideia não estava inteiramente certa. Frisou que que o Ministério da Saúde não tem competência para fabricar e transportar oxigênio.

Pazuello pediu aos senadores que não dêem caráter político à discussão da pandemia da Covid e que é hora de acelerar a sequência de vacinação em todo o Brasil. Prevê que nesse ano pelo menos cinquenta por cento da população estará imunizada. Mas admite que a situação “pode apertar”. E, portanto, é essencial, a chegada das vacinas já adquiridas aos laboratóios que as produzem.

O senador Randolfe Rodrigues, do Amapá, que pretende apresentar um pedido para a instalação da CPI da Covid, considerou as respostas do ministro Pazuello insatisfatórias e insuficientes. Já são 31 assinaturas de senadores para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito e, pelo regimento da Casa, bastam 27. Lideranças do governo trabalham para que parlamentares retirem seus nomes dessa lista.

Rodirgo Pacheco, presidente da Casa, diz que foi importante ouvir o general em audiência, mas que é preciso esperar surgirem fatos fortes que convençam para a abertura de uma CPI.

Segundo levantamento do consórcio de imprensa que contabiliza o número de vítimas do Coronavírus no Brasil, até agora são 235 mil óbitos em todo o país.

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