CCJ da Câmara – O cenário onde irá tramitar a Reforma da Previdência

Plenário da Comissão de Constituição de Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados, com os computadores para cada um dos parlamentares e duas peças simbólicas e históricas: o quadro de Tiradentes diante carrasco e a estátua de Ruy Barbosa - Foto Orlando Brito

Repare bem nessa fotografia. Com certeza esse cenário passará por seus olhos incontáveis vezes em breve futuro. É aí nesse recinto — a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara Federal — que os deputados irão começar a debater o principal projeto do governo Jair Bolsonaro na área da Economia: a Reforma da Previdência.

Nessa semana, é provável que o presidente da Câmara Rodrigo Maia, deva apontar entre seus colegas parlamentares o nome que irá comandar os trabalhos da CCJ para o iníco da tramitação de assunto tão importante para o País.

Ainda não se sabe quem será o eleito para assumir tal função, embora haja especulações. Mas seja quem quem for, terá a responsabilidade de organizar as sessões e os debates, audiências públicas, oitivas de especialistas, acolher emendas, dar a palavra, considerar os grupos de pressão que sempre se fazem presentes e, enfim, tomar decisões antes de o projeto seguir para o plenário principal da Câmara e, posteriormente, ao Senado.

Grupo de pressão na CCJ

A CCJ, composta por 66 parlamentares, é talvez a mais relevante comissão da Câmara. É aí que são debatidos preliminarmente os projetos que irão tornar-se lei. É também onde discutem-se as propostas de emenda à Constituição. Por exemplo, temas como a redução de maioridade penal, legalização do aborto etc, entre tantos outros assuntos de igual relevância. Também à organização do Estado e dos Poderes, das matérias relativas aos direitos eleitoral, civil, processual e penitenciário. E, ainda, da cidadania.

Em primeiro plano, estão as bancadas destinadas aos assessores jornalistas e, mais ao fundo, dos próprios parlamentares. Em cada um dos assentos, um microcomputador. À direita, a estátua de Ruy Barbosa. Ao centro, a mesa da presidência da comissão, e a bandeira do Brasil. Presos à parede, a simbólica pintura de autoria do artista plástico Rafael Falco “Tiradentes ante o carrasco”, de 1951, e o painel digital — nesse momento da foto, apagado — que orienta o desenrolar das sessões.

Uma das funções de um fotojornalista é aproximar os leitores distantes daquilo que ele tem a primazia de enxergar de perto. Por exemplo, um lugar, fato, um personagem etc. No meu caso – fotógrafo que principalmente cobre os lances do Poder na capital do Brasil –, estou em todo momento diante de praticamente tudo o que de maior interesse para a população acontece.

Em geral, porém, as imagens que as pessoas ausentes têm a oportunidade ver são aquelas em que os lugares, sejam nos palácios, ministérios, tribunais ou no Congresso, estão repletos de figuras importantes da República. Por isso, resolvi oferecer a esses leitores e internautas uma noção do visual de um desses cenários.

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