A queda da CPI da Lava-Toga no Senado e a parábola de Amin para Kajuru

Senador Esperidião Amin. Foto Orlando Brito
O senador Jorge Kajuru, de Goiás, valia-se do microfone do plenário para lamentar que a Comissão de Constituição e Justiça da Casa não acolhera a denominada CPI da Lava-Toga, aquela que tem como objetivo investigar a atuação dos ministros do Supremo Tribunal Federal e demais magistrados.
Kajuru falava em seu discurso da decepção com a derrota do projeto, dizia-se sem esperança e desconsolado. Seu colega de mandato Esperidião Amin, de Santa Catarina, percebendo que o amigo parlamentar estava a pouco de ir às lágrimas, pediu-lhe um breve aparte.

E para devolver o ânimo e a esperança ao senador Jorge Kajuru de que um dia a tal CPI possa quem sabe pode voltar à pauta, o espirituoso, veterano e conciliador Esperidião Amin contou-lhe uma pequena parábola.

Senador Jorge Kajuru, de Goiás. Foto Orlando Brito
Era fim de tarde no deserto e o dia começava a escurecer. Um velho beduíno, vendo a tristeza de um jovem mercador que o acompanhava na caravana de camelos então deu-lhe um conselho:
— Não chores, meu caro peregrino. Não lamente por não poderes enxergar o sol que já está se pondo. Porque senão as lágrimas nos teus olhos lhe impedirão de contemplar a beleza das estrelas que estão chegando para enfeitar a noite!
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